Intro
Podemos criar o que quisermos com letras e transforma-las em blocos de signos conectados em cadeias de significado. Mas tudo começa com uma tela em branco em algum lugar no tempo. O conto dessa edição teve sua primeira versão em 2002, enviado para o concurso do Fanzine Dragão Quântico. Tinha outro nome, outra cara. #tbt
#omelhorcontodomundo
#omelhorcontodomundo | Gabriel Boz
A pequena estação espacial rodopiava no vazio. Em forma de pião, girava lentamente, talvez puxada por linhas invisíveis e arremessada por um Deus brincalhão sobre um piso branco sem estrelas. Era assim o espaço a sua volta. Completamente branco. A sua frente, onde em outras incontáveis dimensões, deveria estar pairando uma versão do planeta Terra, nada existia. Nem lua, nem Sol, apenas branco total.
Dentro da estação espacial, caído sobre o console da sala de comando, seu único habitante roncava, babando sobre o teclado. Acordou assustado com o barulho do monitor de vídeo conferência apitando. Talvez o susto não tenha sido pelo barulho irritante, mas pelo fato de não ter certeza do motivo de ter caído no sono. Levantou a cabeça, balançando o corpo seguidas vezes enquanto recobrava o equilíbrio. Não que a gravidade artificial estivesse danificada, o que parecia puxá-lo de volta a posição anterior era aquela sensação de cansaço matinal. Olhou para o lado e leu, piscando no monitor de vídeo conferência, o que já lera milhares de vezes. “Iniciar conferência?”. Apertou um botão e deu de cara com seu supervisor.
— SPENCER! O que aconteceu, você ficou de enviar o relatório há mais de uma hora e ainda demorou um século para atender?
Spencer levou a mão à cabeça, limpou a garganta e olhou para a tela central com o relatório estampado.
— Eu não enviei ainda? Acabei de abrir os olhos.
O supervisor levantou uma das sobrancelhas preocupado.
— Como assim acabou de abrir os olhos? Você estava dormindo?
Spencer já pensava com mais clareza. Lembrava que tinha terminado o relatório padrão e iniciado os sistemas de transmissão quando ouviu alguma coisa.
— Devo ter desmaiado chefe. Lembro-me de ter ouvido alguma coisa…de resto… — Parou por um instante, os olhos perdidos olhando para um horizonte inexistente. — Lembro desse sonho maluco.
— Sonho? Outra camada dimensional mexendo com seu sono? Não quero ter de mandar outra equipe de resgate até a estação para descobrir que você estava hibernando dentro da dispensa.
— Obrigado chefe, por sempre me lembrar do incidente na camada dimensional 31.567.
— Afinal, e o relatório? – Mudou de assunto o supervisor.
— Já vou mandar, só tem uma maldita página. Essa camada não tem nada, nada mesmo, até o espaço é branco, os sensores não detectaram absolutamente nada.
— Mesmo assim, essa camada pode ter induzido seu sono e influenciado seu inconsciente. São coisas que o computador não detecta. Como foi esse sonho maluco?
Spencer não estava com a menor paciência de perder seu tempo contando seu sonho para o supervisor, mas sabia que não tinha escolha. O supervisor era curioso e detalhista. Virou o rosto tentando recordar o que tinha sonhado.
— Foi bem estranho – disse olhando para trás em direção a porta.
— Estranho como?
— Acho que fui eu que chamei a mim mesmo.
— Como assim?
— Então, eu estava aqui, no cockpit, quando ouvi uma voz me chamando. Levantei-me, olhei para trás e dei de cara comigo mesmo.
— E onde está você, quer dizer, seu outro eu? — O Supervisor respondeu a si mesmo com a voz meio engasgada. — Quer dizer, dentro do sonho.
— É, eu já devia estar sonhando quando ouvi alguém me chamando, sei lá. Devo ter apagado e sonhado com isso.
— Claro, então, mas o que aconteceu além disso?
— Acho que começamos a nos observar. Estávamos os dois assustados é claro. Perguntamos ao mesmo tempo o que tinha acontecido. Lembro de ter pensado se poderia ser algum distúrbio temporal, algum eco quântico. Mas na maioria das vezes as leis malucas do universo dimensional externo não se aplicam dentro da estação. Acho que nós dois pensávamos da mesma forma. Meu outro eu foi mais rápido. Correu para o console dos sensores para ver se o computador tinha detectado alguma anomalia.
— Um sonho bem vívido, o que aconteceu depois?
— Bem, lembro de conversarmos. O computador detectou um pulso de energia proveniente do monitor central, onde tinha acabado de escrever o relatório. Meu outro eu deu a ideia de tentarmos rastrear este pulso e definir o exato ponto focal. Pareceu idiota na hora mais deu certo. Tinha alguma coisa a ver com o símbolo #.
— Hashtag? Como assim?
Spencer continuava pensativo, tentando se recordar de mais detalhes. Virou-se para a tela de vídeo conferência rindo da invenção mirabolante do seu sonho.
— Não sei se consigo explicar direito, mas quando olhei para o monitor e vi minha assinatura, pareceu fazer sentido. Eu incluo o # na frente do meu nome quando assino o fim dos meus relatórios. Você sabe, #TelmoSpencer. Tipo, aconteceu alguma anomalia associada a esse símbolo e segundos depois um outro Spencer apareceu do nada.
O supervisor arregalou os olhos.
— Essa é a coisa mais ridícula que já ouvi. Você digitou hashtag antes do seu nomee em seguida, um outro Telmo Spencer apareceu dentro da estação. – Completou seu comentário. — Você achou um Universo onde, ao digitarmos hashtag antes do nome, você cria uma cópia de si mesmo?
— Não, você não entendeu. O sonho continuou. Não era só meu nome. Meu outro eu sentou em frente ao monitor central e fez um teste. Digitou #xícaradecafé e adivinha só?
— Apareceu uma xícara com café?
— Não, apareceu uma xícara vazia. Aí ele escreveu #xícaradecafécheiadecafé e apareceu uma xícara de café cheia de café.
— Você tomou?
— Tomei o que?
— O café?
— Não. Por que que eu ia tomar o café?
— Sei lá, para ver se era café mesmo, e não petróleo. Em todo caso, ainda me parece muito surreal…
Spencer fez cara feia.
— Lembra aquele relatório que mandei sobre a camada dimensional 33.748, onde a única diferença entre ela e a nossa camada de realidade original era o fato de as leis gravitacionais não afetarem cabelos? Meu penteado ficava flutuando para cima e pra baixo.
O supervisor deu uma risada.
— Tem razão, só acreditei depois que vi a sua cara no vídeo conferência. Você ficou ridículo.
— Então, talvez meu sonho não seja tão impossível assim.-
O supervisor ficou sério.
— Tudo bem desculpe, não precisa ficar sensível. Mas enfim, nesse sonho, onde foram parar os dois Telmos e as duas xícaras de café.
Spencer balançou a cabeça.
— Não sei, estou ficando com dor de cabeça.
— Calma, vamos seguir com isso. Relaxa, o que mais você se lembra?
— Acho que a gente discutiu. Mandei-o sair da minha cadeira. Gritei com ele que eu era o original ali. Ele ficou meio irritado e escreveu alguma coisa no monitor. Corri para ler o que era e estava escrito #teleportarspenceroriginalparacozinhadaestação
— E você foi parar na cozinha?
— Parece que sim. Mas saí logo correndo pela porta, que não gostei da ideia de ter um clone brincando de Deus na minha estação. Ah, agora vem uma parte boa. Quando saí da cozinha dei de cara com a Angelina Jolie.
— Nua?
— O que? Não falei nua. Sei lá, ela também estava corredor em direção a sala de comando.
— Você precisa tirar uma licença. — Disse o supervisor.
— Eu sei, já te pedi 10 vezes, são 36 meses dentro dessa estação transdimensional sozinho.
— Bem, e aí? — Desconversou o supervisor.
— De repente a porta da cozinha atrás de mim desapareceu. Foi quando a Angelina tentou me abraçar, mas fugi e voltei para a sala de comando. — Spencer arregalou os olhos e exclamou. — Caramba!
— O que foi?
— Veio essa imagem do meu outro tentando me matar. Quando me viu entrando na sala de comando digitou alguma coisa no teclado e se levantou enraivecido. Aí apareceu uma arma na minha mão e na dele ao mesmo tempo. Nós dois atiramos – fez uma pausa dramática.
— Eu matei a mim mesmo.
— Calmo lá companheiro, você não matou ninguém, muito menos você próprio. Foi só um sonho.
Spencer levou as mãos ao rosto esfregando os olhos.
— Claro. Devo estar ficando maluco. Fiquei abalado com essa camada dimensional vazia, esse branco profundo sem nada.
— Vai ver algum adolescente com raiva do mundo escreveu em um aplicativo #desapareçauniverso e tudo sumiu. — Deu uma risada irônica. Spencer permaneceu sério.
— Vamos lá, cadê seu senso de humor? Não é a primeira vez que encontramos camadas de dimensões paralelas vazias. Sempre tem alguma explicação cientifica. Lembra daquela camada que não tinha gravidade, densidade, etc…? Era um infinito vazio negro pré big bang?
— Lembro, camada 33.267 – disse Spencer
O supervisor percebeu o comentário seco.
— Vou providenciar a sua licença imediatamente.
— Ainda faltam 23 camadas para eu fechar a meta mensal.
— Eu sei, damos um jeito. Já fui um explorador dimensional, saltando de camada em camada, sozinho dentro de uma estação espacial minúscula. E na minha época não existiam essas mordomias de hoje como cozinha, quarto de dormir e chuveiro. Era só uma sala de comando com uma cama na parede e o banheiro embutido no armário.
Spencer já estava sem paciência e sabia que quando o supervisor começava a falar dos velhos tempos, não parava mais.
— Lembra daquela vez que eu tive aquela miragem espacial?
— Lembro. — Disse Spencer e complementou. — Desculpe chefe, mas toda essa história me deixou cansado, deixa eu lhe enviar o relatório que quero saltar para a próxima camada.
— Claro, claro. — O supervisor fez uma pausa, seu olhar desviando para outra tela. Ficou sério. Olhou de volta para a câmera, um sorriso amarelo. – Uma vez que está tudo bem com você, acho que podemos encerrar nossa conversa. Pode ir descansar, dormir mais um pouco.
Spencer balançou a cabeça.
— Ok, chefe. Até mais.
O monitor apagou. Spencer respirou fundo. Dormir que nada, ia mandar logo o relatório, se livrar de mais essa camada dimensional doida. reiniciou os sistemas de transmissão espreguiçando-se enquanto o computador saia do modo de espera. A tela do processador de texto acendeu com o relatório estampado. Resolveu dar uma última revisada no texto. Tudo parecia bem: Relatório preliminar – Estação de pesquisa dimensional 9. Camada dimensional 33.777. “Número legal” pensou. Dados preliminares, forças físicas, características, etc…
O relatório era realmente curto. Esse Universo paralelo não tinha nada. Total ausência de tudo, parecia uma tela em branco esperando para ser pintado. Seus devaneios foram esquecidos assim que chegou ao final da correção. Lá estava #TelmoSpencer escrito no final do relatório. Apoiou as duas mãos na cabeça pensando se seria possível. Olhou para baixo, para a barra de informações do processador de texto e percebeu que não estava vendo a última página. Existia outra.
Um frio percorreu sua espinha. Lentamente fez um scroll até a página seguinte. Ficou estático, Paralisado. Não era possível. Uma página perdida no mundo dos sonhos estava lá, real, na sua frente, com diferentes frases familiares escritos. Primeiro leu:
#xícaradecafé
Em seguido vinha:
#xícaradecafécheiadecafé.
Mais abaixo leu:
#MandaroutroTelmoSpencerparacozinhadaestação
Seguido de:
#AngelinaJolieapaixonadapormim
#desaparecercomaportadacozinha
Apesar de assustado, Spencer riu pensando consigo mesmo. “O idiota ficou mais preocupado em fazer aparecer a Angelina do que me manter preso na cozinha. Foi então que sentiu novo calafrio e compreendeu o que realmente tinha acontecido. Leu escrito, algumas linhas abaixo:
#revolvercarregadonamãodeTelmoSpencer.
Foi o que aconteceu. Os dois eram Telmo Spencer. Os dois ficaram armados. Se tudo aquilo foi verdade, como tudo terminou com ele acordando na estação sem que nada tivesse acontecido? Foi quando Telmo lembrou-se do desfecho dramático de seu sonho.
Sua cópia disparou a arma primeiro, acertando o seu plexo, ele cambaleou, mas antes de cair disparou também. Não viu onde o tiro atingiu sua cópia, mas de joelhos, rastejou em sua direção. Chegou mais perto e o viu morto, um tiro na cabeça. E lá estava ele, também mortalmente ferido, quase desmaiando de dor. Rastejou até o teclado e digitou suas últimas palavras antes de desmaiar. As mesmas palavras que agora lia escritas em seu monitor.
#euestavasonhando
Spencer ficou parado, respiração ofegante, olhando fixo para a tela do monitor por vários segundos. Tinha as mãos encostadas no teclado pensando no que fazer. Precisava fazer um teste. Sua cabeça parecia tão branca como o branco do espaço externo. Finalmente digitou a frase mais sem criatividade da história: #xícaradecafécheiadecafé. Parou, olhando em volta sem que nada acontecesse. “Não é automático. Deve ter um tempo de espera”. Assim que terminou seu pensamento, um leve aroma de café começou a penetrar suas narinas. Olhou ao lado da mesa, e lá estava uma xícara, branca, brilhante, cheia de café preto.
As palavras proferidas por Telmo naquele momento são impublicáveis. Levantou-se frenético, andando de um lado para o outro. Não sabia o que fazer, nem entendia por que estava tão assustado. Talvez cansaço ou mesmo ansiedade. Pegou a xícara e deu um generoso gole sem perceber que era a “tal” xícara. Quando percebeu, deixou ela se despedaçar no chão enquanto ligava o monitor de vídeo conferência. Chamou o supervisor aos berros.
— Calma Spencer. O que aconteceu?
— Foi real chefe, foi tudo real. Não foi um sonho. Antes de morrer eu digitei que queria que fosse um sonho, por isso acordei achando que tinha sido um sonho. Mas tudo aquilo aconteceu; meu outro eu, Angelina, as armas, eu matando a mim mesmo.
— Ok, Spencer, fique calmo. Você tem certeza disso?
— Só pode ser, por que eu teria escrito aquelas coisas no relatório? No monitor? Bem tecnicamente não fui eu, foi meu outro eu. Eu vou te mandar o relatório.
O supervisor continuou sério, mudo. Telmo achou estranho, além do fato do humor do supervisor ter desaparecido. Ele continuava olhando fixo para Telmo.
— Não preciso olhar seu relatório Telmo, só quero que você se acalme. Se você tiver razão, essa descoberta é muito importante. Tudo pelo qual trabalhamos durante décadas, explorando camadas dimensionais ridículas ou tão equivalentes a nossa, sem nenhuma qualidade comercial.
— É claro, por que você acha que eu fiquei tão nervoso? Ter o poder de criar qualquer coisa? Não sabia o que fazer. Acabei testando da mesma forma que meu outro eu testou. Criei uma xícara de café do nada.
— Entendo. Bem Telmo, fique calmo que vamos te ajudar.
Telmo achou estranha a entonação do supervisor.
— Como assim “vamos te ajudar”? Eu vou me divertir pra caramba, nem sei por onde começar. Acho que vou trazer a Angelina de volta.
Mas antes que algo assim pudesse alegrar a vida de Telmo, um baque seco balançou a estação de uma forma familiar. Um transporte acabara de atracar na estação. O supervisor percebeu o espanto de Telmo. Talvez quisesse acalmá-lo, ou distraí-lo.
— Sinto muito Telmo, mas achei melhor adiantar aquela sua licença.
Telmo não engolia mais o rosto de calma forçado do supervisor.
— Seu desgraçado. Há meses venho pedindo uma licença e agora você resolve me afastar da estação? Você acha que eu sou idiota? Quanto tempo é necessário para enviar uma equipe de resgate? 24 horas? E uma equipe de segurança? Eu te respondo. Quinze minutos. Como você descobriu tudo?
O supervisor permanecia sério.
— Telmo, você não está racionalizando. Descobrir o que? Que você está sofrendo de alucinações dimensionais? Que anda desmaiando e tendo pesadelos malucos? Desculpe Telmo, mas você precisa de descanso. Não posso permitir um explorador sem condições de trabalho.
Ao longe, Telmo pode ouvir o som do lacre externo sendo aberto, o barulho seco da porta de engate caindo, o som pesado de passos vindo em sua direção.
Voltou a sentar-se na cadeira em frente à tela central.
— Já sei o que você fez seu desgraçado. Acessou os logs da estação não foi? E o que você descobriu?
Uma pequena janela apareceu no canto esquerdo do monitor central listando dezenas de linhas de código.
— Ah, aqui está. O log da estação sinalizou que foram detectadas outras formas de vida na estação. Dois homens e uma mulher no total. Poucos minutos depois e voltou a detectar somente um homem. Que estranha coincidência com a estória que te contei não foi?
— Telmo. Vamos resolver isso com calma, essa camada dimensional deve ser bem estudada. As possibilidades são maravilhosas, mas muito perigosas também. É só olhar para fora. Veja o que aconteceu com essa dimensão. Provavelmente o uso irresponsável desse poder tragou todos para o nada. Não me leve a mal, apenas não queremos que você faça outra besteira. Você até mesmo já matou a si mesmo.
Telmo estava de costas para a porta, mas pode ouvir os seguranças chegando. Virou-se para o supervisor com um olhar tão frio que praticamente congelou a cena.
— Não acredito em você chefe. Provavelmente querem me manter de boca fechada. Mandar algum babaca para cá para produzir ouro a partir do nada e enriquecer ainda mais a companhia. Não, já chega.
Os oficiais entraram aos gritos como de costume. “Parado ou vamos atirar”. O supervisor entrou em desespero. “Atire, Atire”. Telmo tinha acabado de pressionar a última letra no teclado e apertou enter quando levantou as mãos. Foi agarrado pelos seguranças, jogado no chão e imobilizado. O supervisor respirou fundo, nada havia acontecido. Telmo estava sorrindo. Olhou de canto de olho para o rosto aliviado do supervisor e disse.
— Demora alguns segundos, sabia?
Os olhos do supervisor se esbugalharam.
— O que ele escreveu, o que ele escreveu? — Gritou para os seguranças. Um deles olhou para o monitor, os olhos focados tentando entender, para finalmente ler em letras garrafais.
#FIM
Rodapé
Você chegou ao fim da quarta edição de GBOZ.
Edição, capa e conto por Gabriel Boz.
Conto: #omelhorcontodomundo
Sobre a imagem de capa. Terá sido mesmo o fim, ou outros exploradores irão contemplar o vazio da camada dimensional 33.777?
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