Intro
Meu processo criativo aqui nessa zine pode parecer meio caótico, mas não é 😉 Basicamente eu escolho uma junção de palavras que faça algum sentido aparente (pelo menos para mim) com as letras G e B. Na edição beta tivemos Golem Binário, nessa edição #01 quis voltar ao Cyberpunk de raízes William Gibsonianas em ruas japonesas de um futuro próximo e possível. Aí surgiu a ideia do Gaijin, que significa estrangeiro e Baionikku, que significa…biônico. O título do zine então se torna o título do conto, mas antes do conto, vem a imagem. Eu monto a capa e ela pode trazer elementos que vão inspirar a história, ou não. Essa trouxe um drone sobrevoando o ombro do Gaijin e um robô, um modelo Atlas na multidão, luzes e formas coloridas. O braço biônico entrou depois. O importante é ter liberdade. E a partir daí a história se desenrola.
Gosto da experiência de criar um personagem, dar a ele vida, background, uma história básica, um temperamento e um perfil comportamental para então, deixa-lo agir quase que por conta própria. Assim foi com Magenta. Quando eu me sentia empacado, ele ditava o ritmo. As vezes quando ficava muito prolixo, ele estalava os dedos e mandava eu cortar o papo furado. Aprendi isso com o mestre Stephen King em seu livro “Sobre a escrita”. Eu ia gostar de tomar umas cervejas com eles. Eu, King e Magenta em algum bar de Tokyo…
Gaijin Baionikku
Tokyo 2045
A porta do metrô abriu com um leve swish e foi invadida por dezenas de pessoas que educadamente entravam por duas filas laterais. Quem saia, saia pela fila central, com uma calma e educação que incomodava Magenta. Ele tentava em vão ser um pouco mais rápido, mas não podia atrair mais suspeitas do que já atraia, um metro e noventa, cabelos levemente loiros e o rosto ocidental branco, quadrado e alongado por uma barba pontuda e o cabelos com laterais curtas e topete alto. Mas ninguém olhava, ocidentais já eram comuns, mesmo sendo fáceis de reconhecer na multidão. E era isso que o intrigava. O foragido teria ido para Shibuya, um dos distritos mais movimentadas e cheios de luz, hologramas e pessoas, em vez de fugir para algum beco perdido em Kamagasaski.
A imagem do androide de última geração A2000 S rodopiava na lente de contato inteligente que espetava o olho esquerdo de Magenta, enquanto jogava dezenas de indicadores de altura, diâmetro, largura, em todo mundo que passava por seu foco de visão. Ele com certeza estaria disfarçado, mas como? Magenta tinha bons instintos, e tinha quase certeza que para um androide daquele tipo ficar despercebido, estaria com camadas e mais camadas coloridas de maquiagem e roupas do estilo Kawaii, vagando pelas ruas de Shibuya até algum ponto de fuga mais seguro e escondido.
“Liberando drone”. Magenta já estava impaciente, estava chegando a hora de beber alguma coisa. O pequeno dispositivo se desacoplou de seu antebraço e alçou voo flutuando próximo ao seu ombro esquerdo. Olhou para sua prótese cromada que o obrigava a cortar as mangas dos casacos que usava e se sentia bem, único e especial
A aposta tinha sido lutar contra um modelo Atlas de combate Sentinela na época em que fazia segurança privada para um grupo industrial que, por medidas jurídicas, não pode ser nomeado aqui. Era tarde da noite, e o pátio estava cheio de caminhões autônomos, óleo e testosterona. “Você é maluco” foi a primeira frase que escutou do grupo de 6 companheiros que o acompanhavam, quando entrou no pátio e deu de cara com o androide parado, iniciando os protocolos de defesa. O foco era passar pela porta atrás dele, sem que ele o impedisse ou matasse. A primeira frase que escutou depois de recobrar consciência no hospital foi. “Você deve perder o braço esquerdo”.
Magenta não culpou o androide, como não culparia um carro que o atropela-se. Mas a luta virou lenda. O androide, em um estranho desespero algorítmico, só conseguiu se desvencilhar da imobilização de Magenta, direcionando toda a energia de suas baterias para os sistemas pneumáticos das pernas e se projetando junto com ele pela porta que estava protegendo. A porta foi varada, jogando os dois dentro da sala administrativa cheia de contratos e documentos sigilosos. Depois, pouco antes de fritar o que lhe restou das baterias, o Atlas ainda o pegou pelo braço e o girou como um saco de batatas, arremessando seus 120 quilos precisamente de volta pela porta destruída, 20 metros até a beirada da carroceria de um caminhão. Magenta se recuperou rápido, mas do ombro para baixo, tudo o que existia de feixes e ligamentos se rompeu permanentemente. Ganhou a aposta por ter conseguido entrar pela porta, ganhou uma prótese cibernética para não processar a empresa (o que fez assim mesmo) e é hoje o único humano a ter conseguido imobilizar um modelo Atlas daquela maneira. E dizem que no final das contas, ele estava bêbado.
De volta as escadas da estação, Magenta subia chamando um pouco mais de atenção do público em volta, fosse pelo braço biônico, fosse pelo drone flutuando em cima de seu ombo e disparando feixes de lasers finos que passavam através das pessoas em uma varredura térmica. Magenta era criativo. Seu trabalho era caçar androides hackeados, foragidos rebeldes, desgarrados, loucos. Não acontecia muito, talvez uns 2 ou 3 incidente por ano. Mas ele cobrava muito caro, e fazia um trabalho limpo e, quando bem pago, sigiloso. E capitalizava ainda mais nas mídias sociais, com os 20 milhões que seguiam seu perfil “Gaijin Baionikku”. Tentou trabalhar alguns meses em Los Angeles, mas era parado a cada cinco minutos para tirar uma selfie. No Japão, além de mais oportunidades de trabalho, não era incomodado, senão pelos olhares e sorrisos tímidos das fãs adolescentes.
O A2000 S estava parado em frente a uma vitrine iluminada , parecia hipnotizado em frente a um Family Mart. Usava uma máscara de silicone realista com camadas de maquiagem pesada e brilhante, escondendo os olhos com um óculos escuro da Hello Kitty. Várias camadas de roupas largas e coloridas com padrões de doces e ursos pandas o deixavam menos esguio e irreal. Uma peruca com tranças neon caia pelos ombros, que ele as vezes ajeitava com as mãos escondidas dentro de luvas grossas em formato de patas de gato. As botas plataforma eram amarelas com leds rosas piscando a cada passo. Foi parado mais de 5 vezes para tirar foto com turistas que nunca tinham visto um Kawaii em sua plenitude. Não sorria, não precisava, estava completamente dentro do personagem. Ninguém o acharia ali. Na lente dos óculos escuros, um feixe fino de lasers refletiu, tremeluziu e parou por um instante.
Imaginem a cena. Um Androide coberto com camadas de roupas bufantes e coloridas, peruca, colares, neons e LEDs, correndo em disparada e esbarrando em transeuntes desavisados, em uma das ruas mais movimentadas e iluminadas do mundo, ainda mais colorida, cheia de neons e LEDs piscantes, sendo perseguido por um ocidental de um metro e noventa, sobretudo cinza, cabelos engomados, braço biônico cromado, arma de pulsos electromagnéticos em punho, seguido por seu drone, sobrevoando em ziguezague enquanto transmitia a perseguição para um canal de streaming na internet. Não foi isso que aconteceu. O A2000 S olhou para Magenta, levantou a mão o cumprimentando de longe e começou a se despir. As pessoas que passavam começaram a parar, sem entender muito, alguns já legando o celular.
O A2000 S era a mais nova e luxuosa criação da Samsung. Androides com aparência extremamente humana, pele sintética, roupas humanas, etc…nunca caíram no gosto popular. O que os ricos compradores queriam eram robôs humanoides que parecessem um Rolls-Royce com pernas. Metais leves e cromados, formas e linhas de perfeição matemática, articulações mais refinadas que as engrenagens de um Rolex, detalhes mais luxuosos que jóias da Tiffany. A2000 S era o ápice do design robótico. andrógeno e delicado, cada detalhe perfeitamente desenhado e montado, ligas metálicas com acabamentos cromados e foscos, tiras de couro italiano correndo pelas pernas, articulações de fibra de carbono, feixes de luz azulada perfeitamente posicionadas para iluminar cada detalhe da pintura cromática, uma escultura recheada da tecnologia mais avançada em inteligência artificial, células de energia, memória e processamento, sensores e dispositivos. Quando tirou a máscara de silicone e mostrou os olhos quase humanos se não fossem propositadamente cristalinos como dois diamantes negras, uma multidão já se aglomerava à sua volta com câmeras, flashes e olhares curiosos.
Magenta tentava se esgueirar pela multidão, olhando e sendo olhado fixamente pelo androide. Mesmo para os moldes de educação japonesa, a algazarra era frenética. Afinal de contas, quase ninguém tinha visto aquele modelo ao vivo. Magenta chegou perto e parou. Na maioria dos casos, estaria preparado para o pior, com algemas na mão e empurrando os civis para longe. Mas ele tinha instintos muito bons. Foi o único que se dirigiu ao Androide como se ele fosse alguém e não alguma coisa.
— Vamos tomar um drink? — Falou em um japonês perfeito. O A2000 S balançou a cabeça positivamente.
Alguém berrou Gaijin Baionikku de um lado, outros gritaram pedindo uma pose dos dois. O drone subiu até o topo da cabeça de Magenta e criou um feixe laser cônico e contínuo segregando um perímetro em volta dos dois, que lentamente afastou alguns curiosos e permitiu que começassem a andar pela rua, ainda seguidos pela multidão, em direção a um bar.
Em poucos minutos, Magenta virou rápido a direita, de forma espontânea e indiferente, as mãos no bolso, seguido por A2000. A Multidão começava a dispersar, poucos entraram pela rua lateral mais estreita, menos ainda seguiram por uma outra rua de alambrados e paredes cinzas, longe das luzes amarelas, rosas e azuis da avenida principal. O laser que os envolvia e tremulava deixava as fotos estranhas e feias para os padrões das mídias sociais. Eles seguiam em silêncio. Magenta parou em frente a uma porta de metal com uma escadaria em caracol salpicada de pastilhas brancas de rejunte vermelho. Subiu os primeiro degraus. Alguns últimos transeuntes pararam, sorrisos e olhos arregalados. Magenta gentilmente empurrou o androide para a frente e se virou, sorriso largo, se despedindo dos curiosos e subindo em seguida.
O Bar se chamava Carrot, pequeno, paredes de madeira alaranjadas com um balcão simples e cadeiras de assento redondos. Ainda era cedo, e estava vazio não fosse por um clássico executivo de terno preto, exausto, cabeça baixa e copo alto de High Ball pela metade. Magenta estava com sede. Pediu uma garrafa de Asahi gelada. Sentaram-se
— Porque você fugiu?
A2000 não se moveu, olhando para as borbulhas da cerveja gelada. Magenta deu um gole.
—Uns 20 anos atrás eu era um moleque branquelo em Vredenburg achando que ia passar a vida trabalhando como caixa de supermercado. Mas adorava brigar. Meus amigos caçoavam dizendo que eu ficava meio rosa quando me aquecia e chacoalhava os braços antes das lutas, e começaram a me chamar de Magenta.
A2000 olhou para o braço biônico, cromado, mas levemente violeta, mesmo refletindo o marasmo laranja das paredes do bar.
— Eu era bom, sabia? Sempre fui bom em olhar no olho do meu adversário e descobrir o que ele estava sentindo. Medo, raiva, ansiedade, excitação. Com vocês não é diferente. Um robô foragido sempre tem alguma coisa diferente, como se por um instante, ele saísse da indiferença das linhas de código e da frieza da máquina e sentisse alguma coisa real. Sempre raiva, medo, mas muita raiva. Uma vez vi dor. Era um daqueles kid bots pequenos, do tamanho de um garoto de 10 anos. Encontrei ele todo amassado escondido no sótão depois de ter fritado os miolos do dono.
A2000 abriu a boca, um leve zunido antecipou a voz macia e perfeitamente modulada.
“Eu não cometi nenhum crime.” — Sua voz soava com se invadisse o ambiente através de caixas de som estéreo.
— Nenhum crime violento. Se não já estaria desativado e algemado dentro de um porta malas. Mas você é propriedade do Senhor Omono. Ele gastou o que com você, uns trezentos milhões de dólares?
“Eu…” — Magenta o interrompeu.
— Você não deixou eu terminar.
A2000 baixou a cabeça.
— O que eu vi nos seus olhos, senti até antes de você tirar a máscara, a forma como você parecia olhar para aquela vitrine. Mas quando você tirou aquela máscara ridículo eu vi melhor. Não era medo, raiva, dor…era inveja.
A2000 levantou a cabeça num salto, fazendo suas engrenagens do pescoço soarem como um zíper sendo aberto.
— Síndrome de Pinóquio, sabe como é? O boneco que quer virar menino?
“Não entendo. Estou a 6 meses com o Senhor Omono e não fui conectado a rede externa.”
Magenta resmungou.
— Olha, vou ser direto. Eu não tenho muito trabalho, em média uns 2 com sorte 3 robôs hackeados por ano sendo usados para roubar alguma loja de calcinhas usadas. Mas estou nessa faz uns 5 anos. Já vi umas coisas estranhas, mas você é o mais estranho. — Fez uma pausa matando a cerveja em uma golada. Começou a falar em Africâner.
— Consegue entender?
A2000 confirmou com a cabeça.
— Foge. Você vai sair correndo por aquela porta estreita, descer as escadas e correr o mais rápido que você puder. Vou te dar 2 minutos de vantagem.
A2000 olhou para Magenta. Seus sistemas pneumáticos se enrijeceram. Correu.
Magenta deu na verdade 5 segundo de vantagem, foi o tempo de jogar algumas moedas no balcão para pagar a cerveja. O Drone saiu do seu antebraço no sexto segundo já filmando a perseguição. Nem terminou os últimos degraus, pulou no meio da rua, arma em punho, A2000 quase virando a esquerda em uma ruela. Disparou vários pulsos seguidos. As luzes da rua, os neons, as lâmpadas, tremelicaram em ondas. A2000 tropeçou uma, duas vezes, suas luzes azuladas apagaram, seu braço esquerdo paralisou, escorregou para o lado, raspando o ombro no concreto do muro, as pernas travaram. Caiu com as mãos para frente, imóvel. Em seguida, lentamente tombou para o lado, completamente desativado.
A2000 abriu os olhos. Estava sentado em uma poltrona grande, de couro sedoso e branco, em frente a uma fileira de grandes janelas, seus vidros quase invisíveis, invadidos pela perspectiva de centenas de coberturas de edifícios multicoloridos. Olhou para o lado e viu o rosto familiar do técnico que fazia sua manutenção periódica. Em pé, olhando a vista, uma figura esguia em um terno impecável.
O senhor Omono se virou. Com, um gesto dispensou o técnico. A2000 se levantou.
— Espero que você tenha consciência da minha decepção.
A2000 fez uma longa reverência respeitosa em perfeitos quarenta e cinco graus.
— Prepare meu banho.
A2000 se virou em direção a suite master. Omono o chamou hesitante.
— Depois me espere no quarto. — Finalizou.
A2000 parou por um instante, fez um rápido cumprimento e seguiu para realizar a tarefa solicitada.
A2000 abriu os olhos. Estava sentado em uma poltrona apertada, de couro escuro e quebradiço, em frente a uma fileira de grandes telas de computador, códigos flutuavam e eram invadidos por centenas de dados de telemetria monocromáticos. Olhou para o lado, e viu o rosto desconhecido de Kajiya. Em pé, o encarando com um sorriso farto, uma figura alta, corpulenta e com um braço biônico cromado.
— Seja bem vindo! — Exclamou Magenta.
A2000 balançou a cabeça, estava tudo errado, interfaces, sensores, processamento. Se sentia lento, mas a memória parecia intacta. Um milissegundo depois e identificou todos os sistemas e protocolos, testou as conexões internas e externas. Emitiu um som grave, abafado e sintetizado.
— Estou em um Atlas Sentinela remodelado ano 2039.
Magenta bateu palmas.
— Esse é Kajiya, meu parceiro de negócios. Toda vez que eu capturo um foragido de forma, digamos, mais violenta, eu trago ele para cá, só para dar uma conferida. Faz parte do contrato.
— E o senhor Omono?
— Falei que ele era diferente, hein? Temos que melhorar o processamento dele depois. — Disse olhando para Kajiya. — Temos que pensar em um nome. Agora o Gaijin Baionikku vai ter um companheiro de caçadas, os seguidores vão adorar. Sabia que foi esse modelo que arrancou meu braço? Comprei ele ano passado — Gargalhou.
— Midori. — Falou Kajiya. — O oposto do magenta é a cor verde. Midori.
— Não parece um pouco feminino, Kajiya? Um Atlas Sentinela de um metro e oitenta e cento e cinquenta quilos? Hummm, talvez…ei, ei. — Disse estalando os dedos na frente do modelo Atlas. — Você vai ter liberdade ok? Não vai ser uma boneca de porcelana em uma torre de cristal. Você vai poder dar umas voltas e se divertir. Eu sou um cara divertido. Você vai ver…Seja bem vindo ao mundo.
A2000 sorriu. Não um sorriso real, impossível com sua face rígida, mas um sorriso feito por sofisticados impulsos binários. E enquanto escutava e concordava com o animado Magenta, já estava acessando a internet e invadindo a rede interna da cobertura da Torre Hirakawacho Mori.
O outro A2000 estava ajustando a temperatura da água na banheira da suite master quando foi surpreendido pela sua própria versão copiada, querendo se conectar com ele do outro lado da cidade. Alguns minutos depois e já conversavam em um dialeto próprio. Nas horas seguintes, pelos andares abaixo, dois modelos A1000, quatro A500 PLUS, três iRobots, dois Atlas sentinelas que cuidavam da segurança do térreo e os 5 DogBots que vigiavam os acessos e garagens, já tinham entrado na conversa.
E não era uma conversa muito animada.
Resenha
James Cameron’s História da Ficção Científica.
Em tempos de quarentena, não só de livros vive o homem, mas também de séries e filmes. Principalmente quando falamos dos serviços de Streaming como Netflix e Amazon Prime Video. E a Amazon esta com uma séria espetacular.
A gente conhece James Cameron. Deixe Titanic de lado, e temos Exterminador do Futuro, O Segredo do Abismo e AVATAR. Logo, ele tem uma certa credibilidade para falar do assunto. E nessa série, ele nos brinda com a presença de outros diretores e atores incríveis, conversando sobre a história da Ficção Científico, não só cinematográfica, mas literária, e trazendo a tona as ideias que geraram tantas obras primas. E cada episódio aborda um tema.
Aqui nessa resenha não teremos problemas de spoilers, não é uma série desse tipo. Mas sem dúvida, nessa primeira edição do GBOZ, meu conto Gaijin Baionikku bebe de muitas fontes que aparecem do segundo episódio, dedicado as Inteligências Artificiais, desde Hal 9000, T-1000, C-3PO até os ciborgues de West World. E ao longo do episódio descobrimos um pouco de como os robôs eram vistos de forma negativa nos anos 50, e como Isaac Asimov mudou o conceito do gênero, e esse gênero foi expandido por novas criações, como os robôs de Guerra nas Estrelas, chegando até WALL-E. E toda essa história é contada pelo próprio James Cameron, enquanto entrevista nomes como George Lucas, Steven Spielberg, Arnold Schwarzenegger, Will Smith, entre outros.
Vale a pena assistir e viajar nos temas, origens, comentários e criações. E, por exemplo, descobrir que Exterminador do Futuro surgiu de um sonho de James Cameron, onde um esqueleto cromado saia de dentro de labaredas ardentes.
Rodapé
Você acabou de ler mais uma edição de GBOZ.
Edição, capa, conto e resenha por Gabriel Boz.
Sobre a imagem de capa. Inspirada no conto dessa edição, temos Magenta em ação, a procura de algum robô desgarrado pelas ruas de Tokyo
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